O Hospital Orestes Diniz, que integra a Casa de Saúde Santa Izabel (CSSI), da rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em Betim, realizou as primeiras captações de córneas para a realização de transplantes em Minas Gerais.
Os tecidos foram captados nos dias 11/5 e 16/5, parte da captação já foi utilizada e outra parte foi disponibilizada a duas equipes transplantadoras com alta probabilidade de ser utilizada. A ação significa a retirada de quatro pacientes da fila de espera com a oportunidade de mais qualidade de vida.
A ação é inédita na CSSI e representa um importante reforço para a captação de tecidos e para a realização de transplantes no estado. De janeiro até o momento, já foram realizados 369 transplantes de córnea em Minas Gerais.
A captação realizada na CSSI comprova o papel das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Elas são treinadas pelo MG Transplantes (MGTX) para avaliarem a viabilidade dos doadores, realizarem a abordagem dos familiares e notificarem o Banco de Tecidos Oculares do Hospital João XXIII, também conhecido como Banco de Olhos, para a retirada das córneas.
A gerente assistencial da CSSI, Natália Sousa Vieira, reforça a importância da criação e da qualificação das CIHDOTTs.
“Buscamos informações e apoio do MG Transplantes e do Banco de Olhos do Hospital João XXIII. Formalizamos nossa comissão e todos os membros atuaram para que conseguíssemos alcançar o objetivo de concretizar a captação. Ficamos ainda mais motivados após ter tido êxito nesse momento”, celebra.
Para Yan Tessari de Camargos, diretor clínico da CSSI e membro da CIHDOTT que realizou a primeira captação da unidade, a conscientização para a doação de órgãos e tecidos é de extrema importância para a transformação da vida do receptor.
“A doação proporcionará uma nova chance de enxergar o mundo, como também de realizar atividades simples, mas essenciais para a recuperação da autonomia dos pacientes”, celebra Yan Camargos, diretor clínico da CSSI.
O coordenador do Núcleo de Tecidos Oculares do MGTX, o oftalmologista Paulo Lener Filho, comemora a iniciativa da CSSI.
“Essas captações representam uma nova perspectiva para a unidade. Elas já fizeram a diferença para a vida de quatro pessoas. Por isso, é importante o envolvimento de toda a equipe da unidade para a notificação”, reforça Paulo.
Sobre a doação
A córnea é a estrutura transparente que cobre a parte da frente do olho. O transplante permite sua substituição total ou parcial em caso de perfuração ou embaçamento e contribui para a recuperação da visão em mais de 90% dos casos.
O doador de tecidos oculares pode ter entre 2 e 80 anos, sendo necessário passar por uma triagem social e médica antes da doação, para definir se há alguma contraindicação.
Pacientes que ficaram cegos por diabetes, glaucoma, catarata ou usuários de óculos ou lentes de contato também podem ser doadores. Esses e outros problemas visuais não impedem a doação da córnea, pois vários deles estão localizados no fundo dos olhos e a córnea fica na superfície.
A retirada dos tecidos deve ser feita até 6 horas após o óbito, podendo ser estendida até 12 horas em caso de resfriamento do corpo. As córneas podem ser armazenadas no Banco de Tecidos Oculares por até 14 dias até serem utilizadas. A retirada é realizada com técnicas cirúrgicas, sem que a aparência do doador seja modificada.
Fonte Governo de Minas/SECOM
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