Neste Domingo, Jesus nos convida a renunciar tudo aquilo que nos impede de entrar pela porta estreita. Fiéis ao seu chamado e seguindo seus passos, recebemos dele a missão de mantermos viva e atuante a vontade de Deus numa perfeita aliança entre o céu e a terra.
Hoje, agradecemos a Deus pelos vocacionados às Pastorais, Movimentos e Serviços em nossa Comunidade, Paróquia e Diocese. Estes irmãos e irmãs escutaram o chamado de Cristo e seguem a voz do Bom Pastor, testemunhando o Reino. Eles atraem mais pessoas para a Igreja, promovendo a vida como dom e compromisso na comunidade e no mundo. A Deus, nossa gratidão pelo serviço de todos! A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Jesus seguia para Jerusalém e dava aos Seus discípulos as últimas recomendações, pois lá, finalmente, seria coroada a sua Missão de Salvador da humanidade.
No meio do percurso, quando foi questionado por alguns deles sobre quem deveria ser salvo, Ele nem lhes respondeu à pergunta, mas, deu-lhes um direcionamento oportuno: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita…muitos tentarão entrar e não conseguirão”. E continuou a explicar-lhes o que poderia significar a porta estreita mencionando o dono da casa que fechou a porta aos que diziam conhecê-lo somente por ter estado com Ele. Por isso, falou: “afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!”.
Isso nos leva a refletir sobre o tempo de hoje quando convivemos com Jesus na oração, no serviço, no louvor, falando e pregando em Seu Nome, no entanto, continuamos com as nossas práticas injustas.
A porta estreita é, portanto, a porta da justiça, quando vivemos conformes à vontade de Deus e nos submetemos a Ele em espírito e em verdade, isto é, tanto na oração como na nossa vida diária.
A nossa adesão à salvação que Jesus veio nos dar implica no nosso esforço para superar as nossas inclinações para uma vida fácil, livre dos problemas e dos sacrifícios pessoais.
Precisamos nos questionar todas as vezes em que conseguimos as coisas com muita facilidade, sem esforço próprio, adotando o modelo do mundo, voltados somente para nós e esquecendo-nos de que a justiça é o parâmetro que Deus definiu para chegarmos ao céu.
E a justiça é a vivência do amor, do perdão, da bondade, da partilha, da solidariedade, do companheirismo, da renúncia. Mesmo que tenhamos pregado em Nome de Jesus, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus.
A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos (as), de paciência uns com os outros, de humildade e serviço, de abstinência da nossa vontade própria, de domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que nos conduz
Não devemos, pois, esforçar-nos para ser “gente de bem”, para sermos apenas “bons cristãos”, bons homens de Deus, vivendo a sua palavra, mas para viver aquela justiça perfeita a que o Senhor nos chama: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48). Do contrário, por negligência nossa, ouviremos de Cristo o que Ele mesmo, com insondável caridade, nos revela hoje: “Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!”, lançados fora, onde “haverá choro e ranger de dentes”. Não percamos, porém, a esperança, porque Aquele que com amor nos recorda que podemos ir para o inferno é o mesmo que nos garante que, com sua graça, por Ele podemos, sim, chegar ao céu, unidos a “Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus”. E que assim seja!
Direto dos estúdios da TV Jornal da Cidade
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