O Evangelho de hoje nos coloca frente a frente com a verdade mais exigente da fé cristã: seguir Jesus exige tudo. Não apenas um pouco do nosso tempo, não apenas uma parte da nossa vida, mas a totalidade do nosso ser. Jesus não busca admiradores, mas discípulos; não convida para um caminho confortável e prazeroso, mas para uma estrada de cruz, entrega e fidelidade.
Durante este mês, a comunidade cristã é convidada a aprofundar sua relação com a Bíblia. Neste ano, seremos motivados pela Carta de São Paulo aos Romanos que retoma Ao lema: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). Reconheçamos a Bíblia Sagrada como fonte de vida, sabedoria e orientação espiritual.
Estejamos em comunhão com todos aqueles que articulam e participam do Grito dos Excluídos e Excluídas. O desejo desta ação é que a vida esteja em primeiro lugar, seja valorizada e protegida, e todas as formas de exclusão sejam denunciadas e abolidas.
Somente quando colocamos Cristo no centro é que os outros amores encontram seu verdadeiro sentido. E mais: Ele nos diz que carregar a cruz é condição para segui-lo. Não é opcional. O discipulado cristão passa pela cruz, pelo sacrifício, pela renúncia. Não se trata de sofrer por sofrer, mas de viver com a firmeza de quem escolheu um amor maior, um amor que exige entrega.
Jesus não ilude ninguém. Ele fala abertamente das exigências do Reino. Usa duas imagens fortes: a torre a ser construída e o rei que vai para a guerra. Ambos avaliam, refletem, planejam. Assim também o cristão deve pensar seriamente sobre o que significa seguir o Senhor.
A fé não é improviso, nem emoção passageira; é decisão madura, sustentada pela graça e vivida com perseverança.
Essa profundidade de escolha que Jesus exige, só pode ser bem compreendida se buscarmos a luz do alto. A leitura, do Livro da Sabedoria, nos lembra de que nossos pensamentos são fracos e nossos julgamentos inseguros. Mas o Espírito Santo – dom de Deus – nos guia e fortalece. Só Ele nos dá a clareza e a força necessárias para fazer escolhas que parecem duras, mas nos conduzem à verdadeira liberdade.
Seguir Jesus transforma nossas relações, quebra barreiras sociais, supera divisões e nos chama à fraternidade. Ser discípulo, portanto, não é apenas crer, mas configurar a própria vida com a de Cristo. É preferi-lo em tudo. É abrir mão de seguranças, de prestígios, de apegos de qualquer coisa passageira. É escolher um amor que custa, mas que salva. Quem escolhe Jesus de verdade, escolhe a cruz e, com ela, a ressurreição.
Direto dos Estúdios da TVJC – Pouso Alegre/MG
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