Depois do apito final e a eliminação do Paraná Clube na Série D do Campeonato Brasileiro, episódios de violência foram registrados no estádio Manduzão, em Pouso Alegre (MG), com a Polícia Militar (PM) de Minas Gerais usando da força contra a torcida paranista. A imprensa do Paraná critica a ação da Polícia local.
Segundo a versão deles alguns torcedores ficaram feridos e chegaram a ser recolhidos para o meio do campo de jogo, para que pudessem ser atendidos pelas equipes médicas das ambulâncias no estádio. Até mesmo um bebê com poucos meses de vida acabou afetado pelo uso de gás de pimenta pelas forças policiais.
Segundo o relato de torcedores, a confusão teria começado quando a torcida mandante começou a provocar os visitantes com o grito de ‘eliminado’. Alguns paranistas, então, começaram a pular as grades que separavam as torcidas, no intuito de discutirem e brigarem criando um alvoroço sem razões de se deixar acontecer.
A polícia que ali se encontrava no intuito de manter a ordem e a segurança interveio com o uso de bombas de efeito moral, segundo inevitáveis e necessários para deter a fúria de muitos torcedores desavisados.
Desta forma os torcedores que tentavam invadir o espaço da torcida do Pouso Alegre recuaram diante da ação militar, mas os policiais continuaram partindo para cima dos visitantes, afirma a imprensa do Paraná. Algumas pessoas foram agredidas com golpes de cassetete e também foram efetuados tiros de bala de borracha e gás de pimenta contra os paranistas.
Com o uso excessivo da força, contudo, as bombas de efeito moral e o gás de pimenta acabaram afetando torcedores que nada tinham a ver com a confusão. Uma das cenas mais chocantes foi a de um bebê de poucos meses de idade que estava com sua mãe nas arquibancadas e tomou gás de pimenta no rosto. Pouco depois descobriu-se que a mulher era a esposa do atacante Iacovelli, do Paraná, e que o bebê é seu filho.
“O spray espalhou e estava difícil até de respirar”, relatou um torcedor que estava no estádio, comentando ainda que muitos paranistas acabaram passando mal e tiveram de ser atendidos dentro do campo pelas equipes médicas.
A equipe da rádio Transamérica, que também estava no Manduzão, relatou ao vivo também a situação de um torcedor que chegou a desmaiar nas arquibancadas e que a polícia estaria negando atendimento médico para ele – o que acabou acontecendo algum tempo depois, após muito protesto e pedido de socorro por parte dos paranistas.
Como foi eliminado na Série do Campeonato Brasileiro, o Paraná não tem calendário nacional em 2023. E, no próximo ano, só tem a segunda divisão do Campeonato Paranaense na agenda. Para retornar à Série D, precisaria retornar para a primeira divisão estadual para então disputar vaga na competição nacional. Revoltados com a eliminação e com a naturalidade dos torcedores do Pouso Alegre que no ânimo de suas alegrias em comemorar a vitória do time da casa, uno som gritando “eliminado” deveria ser respeitado na opinião de muitos pousoalegrenses: “qualquer manifestação gritada deve ser entendida pelos adversários como natural em qualquer conto do país”. O que eles queriam ao pular para o lado dos adversários do PAFC era gerar brigas que poderia ter acabado na morte de alguém. A maioria dos que estavam no Manduzão consideraram proposital as medidas tomadas pela polícia que acalmou rapidamente a confusão gerada por aqueles que confundem esporte com agressões físicas. A Polícia de Minas Gerais em especial a de Pouso Alegre, não está ali em campo para passar a mão na cabeça de ninguém, comentou um ex-policial reformado que ali estava presente. A polícia foi rápida e agiu prontamente.
Procurada a polícia militar disse que foi “estritamente necessário a intervenção pelos militares” e que o uso de força foi proporcional para o controle da desordem que havia se instalado. Segundo a PM houve também por parte da torcida do Paraná, arremessos de pedras de gelo de um um bar móvel que havia sido montado na área destinada à torcida visitante.
De acordo ainda com a PM a torcida foi mantida no Estádio Manduzão por 80 minutos e foi realizado um esquema de segurança e escolta até um local seguro na rodovia para retorno ao Paraná.
Direto da Redação com informações da imprensa paranaense e local – vídeo redes sociais
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