O Espírito Santo Agostinho trata da “Ingratidão dos filhos e os laços de família” em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. Delanne Lavarine nesta nova temporada na TV Jornal da Cidade abre seu programa apresentando-nos a importância deste assunto tão atual que está na compreensão de uma das possíveis causas da ingratidão dos filhos, como efeitos de nossas próprias faltas atuais ou de vidas passadas e do entendimento da evolução espiritual pelos laços de família.
Como pais e filhos, as reflexões conduzem para os benefícios do cuidado, da educação, da correção, do amor incondicional e da indulgência no núcleo familiar. Santo Agostinho destaca que: “A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos, mas a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano”.
Na visão Espírita, segundo Delanne a ingratidão é uma prova para a nossa perseverança na prática do bem. Não nos cabe julgar os ingratos, porquanto eles serão submetidos à justiça divina. Nada é por acaso! Pelos ensinos dos Espíritos Superiores, sabemos que as vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e provas para o futuro, embora o ser não conheça os atos praticados em existências anteriores. Se suportarmos com resignação as expiações e provações depuramo-nos e elevamo-nos.
As naturezas das vicissitudes e das provas podem indicar o que fomos e fizemos, do mesmo modo que julgamos os atos de um culpado pela falta que lhe infligimos. Nesse sentido, Delanne Lavarine esclarece uma das possíveis causas da ingratidão dos filhos. Depois de uma existência, o Espírito leva consigo as paixões e as virtudes inerentes à sua natureza e aperfeiçoa-se no Espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz.
O Espírito cheio de ódio e desejoso de vingança revolta-se com a ideia do perdão. Contudo, este ser infeliz, após anos de meditações e preces, aproveita a oportunidade de um novo corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos pelo seu planejamento reencarnatório permissão para lá viver uma nova chance de progresso.
Os ressentimentos de existências anteriores provocam certos ódios e repulsas instintivas de filhos, dos pais, aparentemente injustificáveis. Por outro lado, como pais, temos a missão de cuidar e educar os filhos, corrigindo os possíveis desvios ou as más tendências, inclusive corrigindo a nós mesmos.
Se não cumprir a sua responsabilidade de pai ou mãe, conduzindo seu filho para o caminho do bem, por sua culpa, o terá entre os Espíritos sofredores. Por isso, não condene o filho ingrato, pois um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido. Um ou outro veio para perdoar ou expiar. A ingratidão do filho será para os pais, nesta vida, o começo de uma prova.
Se não tiver êxito, Deus dará o consolo, pois um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor. A bondade de Deus nunca fecha a porta. Agradeça a Deus, sem queixas e com paciência, a oportunidade dada para vencer a prova, suportando a ingratidão do filho.
Pelos laços de família, que constitui uma lei da Natureza, tem-se a oportunidade de aprendizado e evolução, tendo por fundamento o amor e a união, congregando ideais, sonhos, árduas tarefas, sofrimentos e valores.
Arraigada em vidas passadas, a família é formada por agentes diversos, que se reencontram afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes, os reajustes e os resgates indispensáveis. A família pelos laços espirituais fortalece-se pela purificação e se perpetua no mundo espiritual através das várias migrações da alma, porquanto na reencarnação o Espírito vem do espaço para progredir e as associações familiares na Terra têm as suas funções educadora e regenerativa.
A proposta da evolução é promover e ampliar a família no sentido do amor fraterno universal. A semente a ser plantada é a do amor incondicional, sem nada esperar em troca. A recompensa será a satisfação de ver os filhos trilhando o caminho do bem. E os pais sendo amado e respeitado por seus filhos. Quem ama de verdade já está recompensado. Assista o vídeo e faça um exame de consciência de sua vida para com seus pais, de sua vida para com seus filhos.
Direto da Redação Com informações baseadas no tema Consolador
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